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Anabela Silva

Artista Plástica

Através das telas, Anabela Silva conta-nos histórias. É autodidata. Tem a capacidade de absorver as coisas simples e mais importantes da vida. Aquelas que a tornam na pessoa que é. Nasceu em Guimarães – onde nasceu Portugal –, formou-se em design, mas é na pintura que ela olha o mundo com outra grandeza. O mistério das coisas, as cores fortes, as mulheres e as viagens são fruto da sua inspiração. Dos traços com o lápis-de-cor passou para as telas de grande dimensão. Hoje, prende-se nos olhares que uma pintura pode transmitir. Pinta quando a Alma lhe permite tal bênção e não por se sentir na obrigação. O seu jeito misterioso e discreto fá-la uma mulher sensitiva e encantadora. Podemos dizer que é um rosto das artes com muito para revelar ao mundo. 

Anabela Silva
Como surgiu a pintura na sua vida? 
Foi algo que sempre fez parte de mim! Desde a idade dos lápis-de-cor sempre me fascinou e atraiu ver como com um simples gesto de um traço poderia criar algo misterioso para o meu olhar. 

Recorda-se da primeira pintura que criou? O que expressava? 
Foi por volta dos anos oitenta que me aventurei a passar do desenho no papel para a tela, na altura era algo abstrato, com cores fortes, mas que prendiam o meu olhar com a revelação de formas disformes e, ao mesmo tempo, violentamente doces e misteriosas. 

De onde surge a inspiração quando está a criar?
Essencialmente das mulheres e das minhas viagens a Paris e a outras partes do mundo. E o dia a dia é sempre uma fonte de inspiração para mim. Somos um ser fascinante e muito complexo, com muito para dizer ao mundo e com muitos pontos de interrogação, que nos fecundam a cabeça…
«Para pintar tenho de me sentir inspirada e não porque é uma obrigação»
Alguma obra a marcou mais? 
Todas as minhas obras, de alguma forma, marcaram-me, pois são parte de mim, do meu crescimento como mulher e de vivências que me tornaram na pessoa que hoje sou. Mas umas das quais mais me marcou foi a qual intitulei de A Serpente – pela força que me transmitia e me prendia o olhar.

Se as suas obras tivessem capacidade de falar, o que diriam de si? 
… Acordei com vontade de conhecer o lado oculto das mulheres… Permitir em mim um pedaço de sabedoria suprema e extinguir todos os pontos de interrogação que, por vezes, me frutificam a cabeça.

Algum pintor influenciou a sua vida artística? 
Sim! Frida Kahlo pela sua força, tanto nas obras como na vida, sempre me impressionou. 

A Anabela só se dedica à pintura quando sente que é o momento. Porquê? Faz por não criar obras incessantemente para não cair na banalidade ou saturação? 
Para pintar tenho de me sentir inspirada e não porque é uma obrigação, mesmo porque, no meu caso, não resulta. Acredito que para conseguir passar algo para as outras pessoas, se não for feito com Alma, não vale a pena. 

Para além das artes plásticas, também o mundo do design de moda a impressionou, ainda muito jovem. Conte-nos como surgiu na sua vida e como é também trabalhar nesta arte do design
O design e a moda fazem também parte da minha vida, desde muito cedo.  Fiz formação em estilismo e desenho, em Guimarães e na Academia de Moda Artes Técnicas do Porto, e o gosto por criar sempre esteve presente, sempre me fascinou e acabou por ser um modo de vida. E ter o privilégio de trabalhar com grandes marcas que nos ajudam a crescer como criadores foi muito importante.
Maria Cruz
T. Maria Cruz
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