VillaseGolfe
Augusto Vasconcelos

Augusto Vasconcelos

Entrevista Anterior
Abílio Pereira

Abílio Pereira

Próxima Entrevista

António Raab

Diretor-Geral da Hilti Portugal

Lidera uma das empresas mais felizes de Portugal, segundo o projeto Hapiness Works. António Raab é brasileiro e veio para a Hilti Portugal em 2002, depois de ter estado no Liechtenstein, na Alemanha; na Suíça e nos Estados Unidos, sempre ao serviço da mesma empresa, na qual trabalha há 36 anos. Adotou o Porto como a sua casa e já não quer ouvir falar em bilhete de volta, embora troque as voltas ao ADN da cidade por se declarar um benfiquista ferrenho. É de convicções fortes, mas não tem medo de assumir fraquezas e revelar virtudes, o que talvez seja, só por si, um segredo para a felicidade.   


António Raab

Sabemos que faz esta pergunta nas entrevistas de emprego, por isso não vai levar a mal que a façamos também: se perguntar à sua família ou amigos quais os seus pontos fortes e quais teria de melhorar, o que responderiam eles?
Diriam que os meus pontos mais fortes são a proximidade das pessoas, confiando nas mesmas, mesmo tendo levado algumas invertidas pelo excesso de confiança. Diriam que escuto as pessoas. Diriam que quase nunca digo ‘não’, mesmo, às vezes, prejudicando-me um pouco. Diriam que sou um bom pai, mesmo não estando tão presente quanto deveria. Diriam, finalmente, que sou uma pessoa transparente e que normalmente mostro as minhas forças e fraquezas. E agora, vamos à parte mais difícil: acho que diriam que deveria melhorar a minha paciência no trânsito, pois tenho um pavio muito curto, que às vezes explode quando fazem coisas erradas. Diriam que sou caótico na organização. Diriam que tenho de estabelecer um maior balanço entre o trabalho e a minha vida particular, pois, por vezes, tenho excesso de trabalho e escassez de lazer.

Trabalha há mais de três décadas na mesma empresa. O que diz isso de si e da empresa?
Foram 36 anos em diversas posições e também em diversos países. Nestes anos trabalhei em mais de 36 empresas distintas, porque a única constante na Hilti são as mudanças.
«Quem faz a diferença dentro da empresa são as pessoas. É impossível existir um bom ambiente onde as pessoas não são ouvidas e respeitadas»
O setor da construção tem passado por fases bastante diferentes na última década. Que estratégia definiu para as enfrentar?
Entre 2009 e 2013 tivemos uma das piores crises na construção civil ibérica. Tivemos de nos adaptar aos novos desafios e posso dizer que conseguimos, pois temos uma estratégia corporativa bastante clara. Esta estratégia chama-se Champion 2020 e o objetivo é a criação de valor sustentável através da liderança e da diferenciação. Foi assim que conseguimos ultrapassar estes difíceis anos e voltar ao crescimento de dois dígitos desde 2015, lançando por ano mais de 60 novos produtos.

Há procedimentos concretos para uma empresa ser considerada a «Mais feliz de Portugal» ou isso acontece naturalmente?
Nos últimos quatro anos sempre ficamos entre as TOP 3. Isto acontece muito pela nossa estratégia baseada, fortemente, na convicção de desenvolver uma cultura corporativa orientada para a performance e para o cuidado com as pessoas. Digo sempre e repito: quem faz a diferença dentro da empresa são as pessoas. É impossível existir um bom ambiente onde as pessoas não são ouvidas e respeitadas.

T. Sérgio Gomes da Costa
F. Direitos Reservados
Política de Cookies

Este site utiliza Cookies. Ao navegar, está a consentir o seu uso. Saiba mais

Compreendi