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Economista

António Rebelo de Sousa

Manda a verdade reconhecer que o Sector de Bens Transaccionáveis – SBT (e as empresas de maior dimensão que o integram) se apresenta da maior importância para a economia nacional, uma vez que contribui, de forma decisiva, para a melhoria das nossas Contas com o Exterior, para a incorporação de progresso tecnológico, para o aumento da produtividade e, por isso mesmo, para o crescimento económico. E, naturalmente, as empresas de maior dimensão, usufruindo de economias de escala e dispondo do ‘stock’ de capital necessário ao salutar exercício da actividade de R&D, apresentam uma importância nuclear, devendo ser apoiadas pelo Estado Português, através da implementação de medidas de incentivo diversas, sobretudo num período crítico como aquele que atravessamos. Mas tal não significa que se esqueçam as PME e, inclusive, as microempresas, muitas delas mais ligadas ao Sector de Bens Não Transaccionáveis – SBNT, que o mesmo é dizer, à economia doméstica, utilizadoras de combinações mais trabalho-intensivas, mas que ocupam, em diversos casos, espaços intersticiais, criando emprego e evitando situações dramáticas do ponto de vista socioeconómico. Daí a necessidade de um modelo de crescimento a duas velocidades, que garanta não apenas a canalização de recursos financeiros para o SBT, como também para o SBNT, evitando que ocorram excessivas assimetrias sectoriais e regionais.
Vem tudo isto a propósito de evitar que o Estado reconduza o apoio a certos sectores – como, por exemplo, o da comunicação social – às grandes empresas, teoricamente (que nem sempre na realidade prática) com capacidade competitiva acrescida e com maior impacto na opinião pública.
O Estado deve, também, cuidar das empresas de comunicação social de menor dimensão, apoiando-as, criando medidas de incentivo, recorrendo, por vezes, à compra de publicidade, enfim, garantindo que, na medida do possível, os mais diferentes sectores da opinião pública se sintam representados a nível informativo, cobrindo uma gama diversificada de especialidades e de correntes do pensamento.
Não se trata de pretender criticar o que, neste domínio, se tem feito, mas tão-somente de fazer uma chamada de atenção com propósitos construtivos.
Não se trata de pretender ser maximalista nos nossos propósitos, nos nossos projectos, nas nossas ambições. Trata-se, apenas, de se procurar ser justo, tendo da sociedade uma visão integrada e integradora.
Nem mais, nem menos...

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