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António Sousa Pereira

Reitor da Universidade do Porto

António de Sousa Pereira, 56 anos, sempre foi diligente e focado. É Mestre e Doutor em Medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), a casa que habitou até ser eleito reitor da Universidade do Porto, em julho deste ano. Foi aliás no ICBAS que, além da prática clínica, desenvolveu toda a sua carreira profissional como docente e investigador, atingindo a categoria de Professor Catedrático em 2002, tendo-se dedicado à sua gestão após ser eleito diretor dessa faculdade, em 2004. Um cargo que cessou quando assumiu a nova missão de orientar aquela que é considerada uma das 500 melhores universidades do Mundo.


António Sousa Pereira
Já existe o telefone vermelho entre o presidente da Câmara do Porto e o reitor da U.P.?
O telefone ainda está por encomendar, mas a ligação já foi estabelecida, sem dúvida. Mais a sério, tive a oportunidade de me reunir com o Dr. Rui Moreira e há, de facto, uma vontade e abertura, de parte a parte, para que possamos aprofundar a cooperação entre a Universidade e a Câmara de forma a desenvolvermos mais projetos conjuntos em prol da cidade e dos seus cidadãos.
 
Em que medida a Autarquia também é responsável pelo sucesso da Universidade do Porto (U.P.)?
Em larga medida. É impossível desassociar qualquer Universidade da cidade e da região em que está inserida, e a U.P. tem contado com o apoio da Câmara ao longo de várias décadas. Atualmente, é inegável que a projeção internacional da cidade é um fator de atração de estudantes estrangeiros, mas creio que a crescente comunidade de estudantes internacionais da U.Porto também contribuiu para a projeção da cidade. 
«Temos uma receita de sucesso que nos distingue no país e no mundo»
Quais as grandes vantagens da U.P. em relação às demais universidades do país?
A multidisciplinariedade pode e deve ser a nossa grande vantagem competitiva. Com um total de 14 faculdades, a U.P. oferece formação e investigação científica em praticamente todas as áreas do conhecimento. Junte-se a isto um ecossistema de inovação dos melhores da Europa e uma das mais altas taxas de empregabilidade e temos uma receita de sucesso que nos distingue no país e no mundo.
 
Qual o seu grande compromisso com a comunidade académica durante este 
mandato?
Acima de tudo, o de que a comunidade passará a ser ouvida e tida em conta na condução dos destinos da Universidade.
 
No seu entender, qual o principal problema da educação em Portugal? E como é que ele pode ser resolvido?
Tenho de dizer que é o subfinanciamento crónico das instituições. É imperioso acabar com a permanente incerteza sobre o orçamento, que impossibilita a execução de qualquer estratégia a médio prazo e nos impede de abordar questões fundamentais como o rejuvenescimento do corpo docente, a criação de emprego científico ou a diminuição do investimento na investigação e na inovação.
 
Numa palavra, como caracterizaria o ensino no país?
Excelente, tendo em conta os recursos disponíveis. Basta confirmar as posições que a Universidade do Porto e outras instituições portuguesas obtêm nos rankings internacionais para verificar que fazemos muito com pouco. Obviamente que queremos ser ainda melhores e mais competitivos, mas temos de admitir que a educação tem sido uma das principais histórias de sucesso do regime democrático em Portugal.
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