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Clementina Freitas

CEO da Latino Confeções

Escolheu trabalhar por conta própria quando não lhe deram as oportunidades que achava merecer. Já tinha sido chefe de vendas e diretora comercial de duas empresas têxteis e fundou uma empresa na década de 80, a Latino, tendo logo uma grande marca inglesa como cliente. Uns anos depois, estava a fabricar fardas militares para Angola e a partir daí aumentou o investimento no vestuário técnico-profissional, com uma grande componente de inovação, cuja produção é quase toda exportada para várias partes do mundo. Sempre sonhou evoluir, ser independente, e os resultados mostram que deu os passos certos.   

Clementina Freitas
Tendo trabalhado sempre num setor tão imprevisível como o têxtil, consegue imaginar o seu percurso se não se tivesse tornado empresária?
Sempre me lembro de mim como uma pessoa muito determinada e independente, desde muito jovem. O sonho de evoluir, de crescer, sempre fez parte do meu imaginário. Caso não me tivesse tornado empresária, seria certamente uma profissional dedicada e responsável, mesmo que por conta de outrem. A vantagem de ser empresária é, essencialmente, poder ter maior domínio sobre a implementação dos nossos sonhos e da visão que temos para atingir o sucesso.

Fala-se cada vez mais do empreendedorismo. Que sugestões daria a quem quer começar o seu próprio negócio?
As mesmas que transmiti aos meus dois filhos, ambos empresários com sucesso em áreas diferentes do têxtil. Se querem iniciar um negócio, devem estar preparados para trabalhar muito e saber arriscar. Perceber que o risco faz parte do negócio, mas que terá de ser muito bem medido e controlado. Estar preparado para aprender com humildade. Rodear-se das pessoas certas e fazer evoluir as pessoas que trabalham connosco. Trabalhar com paixão, pois só assim conseguimos suplantar as dificuldades que nos surgem. Tratar as dificuldades do dia a dia antes de estas se transformarem em problemas. 
«Foi o facto de ser mulher que me fez tornar empresária»
Ser mulher empresária no setor têxtil, em 2018, traz-lhe algum tipo de dificuldade?
Foi o facto de ser mulher que me fez tornar empresária, em 1986, pois a empresa onde trabalhava não aceitava mulheres para o cargo a que me candidatei. Considero que desde então, e até ao presente, o facto de ser mulher nunca me inibiu nem criou grandes dificuldades. É claro que não vou escamotear a realidade, é muito mais difícil uma mulher ter sucesso do que um homem nas mesmas circunstâncias.

Na área em que trabalha, onde a inovação é determinante, como se faz para enfrentar as empresas de países mais desenvolvidos?
Juntando-nos aos melhores. Na Latino criámos um núcleo I&D, lançamos internamente desafios que nos têm ajudado a evoluir, aceitamos desafios de clientes para desenvolver produtos diferentes e inovadores, partilhamos e recebemos conhecimento por via de parcerias com entidades tecnológicas e universitárias, participamos em eventos. Encaramos a inovação como o nosso caminho para o crescimento sustentado.

Qual o produto mais desafiante que está a desenvolver?
Um produto na área da balística com sensores para monitorização do estado do indivíduo e interação com o posto de comando.
T. Sérgio Gomes da Costa
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