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Graça Morais

Artista Plástica

Graça Morais nasceu em Vieiro, Trás-os-Montes, mas cedo começou a ver outros mundos, quando saiu da aldeia para acompanhar a sua mãe a África. A arte surgiu de forma natural na sua vida. Sempre gostou de desenhar, mas talvez aquele estojo de aguarelas que o pai lhe ofereceu na infância tenha sido o gatilho para o ‘destino’. É licenciada em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto e expôs pela primeira vez em Guimarães, no Museu Alberto Sampaio, em 1974, ano em que também nasceu a sua filha Joana. Graça Morais vive entre Lisboa, Trás-os-Montes e muitos outros lugares do mundo e é a artista transmontana com mais expressão a nível nacional e internacional. É membro da Academia Nacional de Belas Artes e de diversas associações, confrarias e fundações culturais. Foi agraciada com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente Jorge Sampaio. Recebeu o Prémio de Artes-Casino da Póvoa, 2011, e o Prémio de Pintura da Academia Nacional de Belas Artes, em 2013. Em 2015 foi alvo de homenagem do Plast&Cine, como Artista do Ano. La Violence et la Grâce foi uma das suas mais recentes exposições, no Centro Calouste Gulbenkian, em Paris. Dez anos volvidos da inauguração do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, a artista quis assinalar a data de uma forma especial, com a exposição «Humanidade».

Graça Morais
Como surgiu a paixão pela arte na sua vida?
Surgiu de forma simples e natural na minha infância quando, aos 9 anos, o meu pai me ofereceu uma caixa de aguarelas. Mais tarde, aos 18 anos, iniciei os estudos de Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto e decidi que a Arte seria a minha opção de vida.

Quem são as mulheres que habitam os seus quadros?
São as mulheres que habitam um território geográfico e de afetos cuja história de vida se cruza com a minha própria história.

O que é que inspira Graça Morais?
Não sei o que significa a inspiração. Sei da urgência em desenhar e em pintar e olhar o Mundo em profundidade e, como resultado de um trabalho diário, finalmente conseguir, no lugar mais secreto, íntimo e sagrado do meu atelier, realizar obras que me surpreendam.
Esta exposição [«Humanidade»] reúne oitenta obras (…) resultantes de uma reflexão sobre uma realidade social cheia de desespero e de grandes interrogações sobre a humanidade.
O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, é uma forma de regresso à terra-mãe?
O CACGM em Bragança resultou da vontade de uma autarquia e do seu presidente Engenheiro Jorge Nunes a que decidiram, em Assembleia Municipal, e por unanimidade, atribuir o meu nome, o que muito me honra. Em dez anos, realizei 22 exposições individuais sobre a minha obra, mostrando as fases diferentes do meu trabalho ao longo de mais de quarenta anos.

Assinala dez anos de vida do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais com uma exposição inédita. Que olhar é este sobre a «Humanidade»?
Esta exposição reúne oitenta obras sobre papel, a maior parte desenhos a grafite, carvão e pintura resultantes de uma reflexão sobre uma realidade social cheia de desespero e de grandes interrogações sobre a humanidade.

T. Maria Amélia Pires
F. Fátima Carvalho
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