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· Arte · · T. Cristina Freire · F. Marc Sarkis Gulbenkian

Marc Sarkis Gulbenkian

A fotografia é instinto e transporta emoções

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MEMORIAL BERLIM

A fotografia entrou em Marc Sarkis Gulbenkian e ficou como uma paixão de vida. A relação com a máquina começou ainda na adolescência e quis a sua actividade profissional, de consultor de projectos financiados pela União Europeia e Banco Mundial, que corresse mundo, sempre pronto a disparar perante tanta diversidade e culturas tão distintas.
Apesar de ter nascido em Paris, é a luz de Lisboa que lhe corre nas veias. E, desta cidade encantada, que preenche centenas de páginas de textos, imagens e poesia, nasceram dois livros. Um para uma cadeia de hotéis e outro com o título pessoano Lisboa e Tejo e Tudo, que teve a parceria de António Mega Ferreira no texto. Por entre as fotos a preto e branco, para que se sintam as texturas e os contornos das vielas da cidade à beira Tejo, está a beleza da luz. «Fiz umas fotos de Lisboa com nevoeiro, não esperei por aquela bruma, saí e estava assim, foi instintivo disparar. A fotografia é muito instinto e, depois, é toda a carga emocional que trazemos connosco», fundamenta o fotógrafo que deu a Lisboa mais um contributo histórico ao refazer, em imagem, a vida do santo tido como casamenteiro.
«Como a primeira experiência com o Mega Ferreira resultou bem, ele convidou-me para participar no Santo António, de Lisboa e Pádua, algo como um tema e dois olhares. Este livro saiu no dia 13 de Junho do ano passado», esclarece Marc.

 «Tenho um orgulho imenso no meu apelido e por tudo o que representa»

Os continentes por onde viajou abriram-lhe as portas para que, através da sua objectiva, registasse vidas e momentos, revelou o fotógrafo que não gosta de fotografias pousadas. «O que me atrai muito na fotografia é mesmo o momento, uma fracção de segundos, e fica para o resto da vida, e deixa o momento para a eternidade». Nunca vamos saber se a fotografia capta a alma do fotógrafo ou de quem está a ser fotografado, mas Marc defende que a imagem captada tem que ver com cada um, pois «a fotografia transporta a essência do fotógrafo. Ele leva para o momento, em que olha pela lente, as suas emoções e também os olhos da alma, sempre que fotografa alguém que não está à espera». Marc Sarkis Gulbenkian é sobrinho-neto do filantropo Calouste Gulbenkian, que ergueu, em Lisboa, a maior Fundação direccionada, no início, às artes. «Tenho um orgulho imenso no meu apelido e por tudo o que representa, é um nome que não fecha negócios, mas abre portas. Eu tive sempre essa dúvida, em relação ao meu apelido, e acho que é normal, muitas vezes não se sabe onde conta o trabalho e onde conta o nome», fundamenta o fotógrafo, que cresceu entre culturas distintas e que transporta com subtileza as suas vivências e emoções, cada vez que capta uma imagem.

Alfama
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CHEF CHAOUEN
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RAJASTÃO
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RAPARIGA JAISALMER
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MAR DE PALHA
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Cristina Freire
T. Cristina Freire
F. Marc Sarkis Gulbenkian
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