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José Carlos Pinto Noronha

Diretor clínico da Unidade de Saúde e Performance da Federação Portuguesa de Futebol

José Carlos Noronha é, aos 64 anos, um nome incontornável no mundo do futebol nacional e internacional. Nascido no Rio de Janeiro, de onde veio com três anos, fez escola em Arouca e Lamego, antes de ingressar no curso de Medicina em Coimbra, especializando-se em Ortopedia, no Porto. Doutorou-se no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, em 1999. É cirurgião do Futebol Clube do Porto, além de investigador na Universidade de Aveiro, no departamento de Engenharia Mecânica. O diretor clínico da Unidade de Saúde e Performance da Federação Portuguesa de Futebol é ainda autor de cinco livro sobre lesões ligamentares do joelho.

José Carlos Pinto Noronha
Alguma vez agradeceu a lesão do joelho que teve, que acabou por fazer de si a pessoa que é hoje?
É verdade. Penso que a lesão que tive aos 24 anos, em que rompi o ligamento cruzado anterior e o menisco interno do joelho direito, mudaram o rumo da minha vida. Tinha acabado de me formar. Decidi deixar definitivamente o futebol e outros desportos que implicassem a rotação do joelho. Estas lesões orientaram-me para a Ortopedia e, na fase final da especialidade, decidi estagiar em centros de referência dedicados a patologia do joelho (Barcelona, Lyon, St. Ètienne, Paris e Nova York).

Já agora, como está esse seu joelho, já precisou de alguma intervenção?
Fui operado cerca de seis meses após a rutura do ligamento, para exérese do menisco. Atualmente, tenho artrose moderada, mas muito bem tolerada. Raramente tenho qualquer dor.
«Já operei jogadores de 44 países»
É fã de futebol. Como é lidar com os grandes craques do mundo da bola? Ficam-se só pela relação profissional-paciente ou vai além disso?
Gosto muito de futebol. Aprecio imenso artistas da bola, como o nosso Cristiano Ronaldo. Desde há cerca de 15 anos que comecei a contactar mais frequentemente com grandes nomes do futebol. Penso que a confiança que o maior empresário do mundo do futebol, Jorge Mendes, em mim depositou a partir de 2003 foi a rampa de lançamento para o mundo do futebol. Ao confiar-me o tratamento ou orientação de atletas que representava, como o Cristiano Ronaldo, permitiu-me algum sucesso. Também José Mourinho é responsável, em grande parte, pelo meu trajeto profissional, pois os elogios que me foi tecendo na comunicação social e a confiança no tratamento dos seus atletas, no F. C. Porto, no Real Madrid, no Chelsea e no Manchester United muito contribuíram para tal. Com os atletas que trato e com outros que nunca precisaram dos meus serviços tenho uma relação, pode dizer-se, de amizade.

Sente algum tipo de formigueiro por ser a pessoa responsável de joelhos que valem milhões?
O facto de tratar atletas que valem milhões causa, como é natural, algumas manifestações que poderão ser rotuladas de inveja. Mas são frequentes manifestações de satisfação, oriundas daqueles que são os verdadeiros amigos.

Já operou jogadores de vários países. Qual foi o caso mais extraordinário que lhe passou pelas mãos?
Já operei jogadores de 44 países. Além dos atletas que me ‘passaram’ pelas mãos, como o Cristiano Ronaldo, o Falcão, o Pepe, o Hulk, o Neymar, etc, tratei várias personalidades importantes. Não quero individualizar, para não ferir alguém.

Sente que por tudo o que já deu, o mundo do futebol lhe deve muito?
Eu é que devo imenso ao mundo do futebol. Foi esse mundo que me ajudou e continua a ajudar a ser o pouco que sou, não esquecendo a minha família, a quem tanto devo.
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