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José Manuel Fernandes

Eurodeputado

José Manuel Fernandes é um entusiasta europeu. Nascido em 1967, em Moure, Vila Verde, é licenciado em Engenharia de Sistemas e Informática pela Universidade do Minho. É deputado do Parlamento Europeu desde 2009, onde integra o grupo do Partido Popular Europeu (PPE). É o coordenador do PPE na Comissão dos Orçamentos. Foi relator do Orçamento da União Europeia para 2016 e do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos – o chamado ‘Plano Juncker’. Atualmente é relator para o novo plano de investimentos na UE InvestEU e representa o PPE no MFF Contact Group, que vai negociar o novo Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 e os recursos próprios da União Europeia.

José Manuel Fernandes
Foi recentemente nomeado relator do novo Plano Juncker. Que novo desafio tem pela frente a nível profissional?
O novo Plano Juncker, que tem a designação de InvestEU, pretende mobilizar 650 mil milhões de euros no período 2021/2027. Depois de centenas de horas de negociação no Plano Juncker, estou preparado para o InvestEU. Queremos chegar a um acordo sobre o regulamento ainda este ano. Este instrumento é fundamental para o crescimento económico, a criação de emprego, o financiamento das empresas.

Que desafio esse novo plano também representa para o nosso país?
Este instrumento traz uma oportunidade adicional: Portugal poderá colocar no Fundo de Garantia até 5% dos próximos fundos, cerca de 1.650 milhões de euros, que permitirão mobilizar mais de 56 mil milhões de euros em áreas definidas previamente. Portugal tem de saber o que quer e definir estas áreas de financiamento. Considero que a ferrovia, a conclusão da rede de água e saneamento, a floresta, a habitação social e a construção de residências para estudantes são exemplos de áreas que poderiam ser financiadas através deste instrumento. Assim, Portugal pode garantir a mobilização de mais de 56 mil milhões de euros de investimento, para além de poder candidatar-se aos 650 mil milhões de euros do InvestEU.
«Sinto que sou útil a Portugal e à UE»
Considera que Portugal tem sabido aproveitar bem esta ferramenta da UE que são os fundos comunitários?
A execução do Portugal 2020 está abaixo do desejável: 28%. Até 30 de junho, só tínhamos recebido 7.200 milhões de euros do orçamento da UE, de um envelope total de 26.000 milhões de euros. A diferença também é grande ao nível das autorizações: até 30 de junho de 2018 já tínhamos mais de 16.000 milhões de euros autorizados, mas apenas 7.200 milhões executados.

Do que depender da sua vontade, esta ligação profissional que tem à Europa vai prolongar-se por muitos anos? O que o faz continuar a acreditar neste projeto?
Adoro o trabalho que estou a realizar.  Sou o coordenador do Partido Popular Europeu na Comissão dos Orçamentos, o que me obriga a acompanhar todos os dossiers orçamentais e a negociar permanentemente com os outros grupos políticos. Não escondo que gostaria de continuar a realizar este trabalho na próxima legislatura.

Sobre si: Pode dizer-se que tem uma paixão pela UE?
A UE tem sido o garante da paz, da democracia, da liberdade e dos valores. É uma paixão que vale a pena! Infelizmente, não valorizamos os sucessos da UE. Só conseguimos vencer os desafios da globalização, alterações climáticas, migrações e escassez de recursos naturais se partilharmos um caminho comum e uma estratégia conjunta e articulada.

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