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Stefano Saviotti

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Vasco Vieira

Arquiteto e CEO da Arqui+

Nasceu em Joanesburgo, África do Sul, onde se licenciou em Arquitetura pela University of the Witwatersrand. Em 1994, Vasco Vieira muda-se para Portugal, onde começa a trabalhar no Vale do Lobo, no Algarve. Depois de ter sido nomeado arquiteto chefe e diretor de construção do prestigiado resort, Vasco decide abrir o seu próprio atelier, o Arqui+. Era o ano de 2003. A qualidade dos seus projetos, quer privados, quer públicos, tem sido amplamente premiada, como, em 2004, quando foi considerado um dos dez melhores arquitetos do mundo pela revista Homes Overseas.
Vasco Vieira
Como nasceu o gosto pela arquitetura?
A Arte sempre esteve presente na nossa casa, por influência dos meus pais. Ambos pintavam. Sempre gostei de desenhar e, por volta dos 11 anos, mudámos de casa. Os meus pais decidiram adequar a casa às necessidades da nossa família e, desta forma, vi-me envolvido num processo empolgante que chegou mesmo ao ponto de alterarmos a planta. Este momento foi decisivo para despertar o meu interesse pela arquitetura.

Criou o atelier Arqui+ em 2003. Que dificuldades encontrou no mercado à época? Foram ultrapassadas?
Foram ultrapassadas. Estava-se no início do ‘boom’ do investimento alemão no Algarve, que veio impulsionar a qualidade na nossa construção. Este investimento captou a atenção de outros europeus, que investiram também na Quinta do Lago, Vale do Lobo e Vilamoura. Passados 15 anos, existe uma boa gestão territorial, limitando a intervenção arquitetónica, protegendo a natureza e o interesse coletivo e elevando a qualidade de vida nesta zona, que, felizmente, serve de exemplo para outras zonas do Algarve.
«O nosso novo atelier articula a Arquitetura e as Artes: vamos promover obras contemporâneas de jovens artistas portugueses na galeria de Arte»
O que é que lhe dá inspiração e motivação para continuar a criar?
Fazer sempre um projeto único com características únicas adequadas a um determinado cliente. Este tem a sua forma própria de viver que se reflete na arquitetura. No habitar, embora haja pontos comuns e universais, há também muitas particularidades que mudam de acordo com cada cliente. São precisamente estes elementos que gosto de explorar na arquitetura.

Há alguma imagem de marca nas obras que cria?
Quando desenho um projeto, a imagem de marca não é uma preocupação minha, mas sim do promotor. No meu processo de projetar, afiro no desenho se está tudo a funcionar bem. As minhas preocupações são outras, especulo o jogo de volumes, a harmonia, a proporção, a luz, a escala, etc. A procura e obtenção do equilíbrio entre o belo e a função faz-se com a articulação da distribuição dos espaços e as suas proporções adequadas às expectativas do cliente. A arquitetura tem de ser bela, mas também funcional. E os meus projetos contêm esse equilíbrio entre o belo e a função.

Qual seria o seu projeto de sonho?
Já estamos a concretizar um dos meus projetos de sonho: o nosso novo atelier no Algarve. É um projeto que articula a Arquitetura e as Artes: vamos promover obras contemporâneas de jovens artistas portugueses na galeria de Arte. Para além deste, os sonhos dos clientes oferecem-me o extraordinário entusiasmo de tornar realidade os seus sonhos.



T. Maria Amélia Pires
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