Angkor. É até lá que nos dirigimos. Seja bem-vindo à cidade dos deuses, engolida pela selva e vida animal. Os créditos vão para o explorador francês Henri Mouhot, que redescobriu um local sagrado, o famoso templo Bayon, que é atualmente considerado Património Mundial da UNESCO. No primeiro segundo em que o conhecemos, vem-nos algo à memória. Ou, provavelmente, é só uma súbita sensação de déjà-vu. Mas as duas opções são plausíveis, visto que o mistério que envolve o local serviu de inspiração para o cenário da saga Tomb Raider. Faz sentido, não é? Enigma resolvido. Acontece que foram precisos seis séculos de império khmer para os templos de Angkor ficarem concluídos e, na verdade, são eles o ingrediente secreto para despertar os momentos mais marcantes no Camboja. O templo Bayon ostenta 49 torres de estilo barroco khmer, todas elas preenchidas com rostos vistosos e olhos e sobrancelhas oblíquas, que encaram os visitantes de forma risonha, ainda que petrificada, devido à pedra que incorporam. Se olhar com atenção, representadas estão as caras de Avalokiteshvara, que é o bodisatva da compaixão, e também o rei. Mas, atenção, tente não divagar com as maravilhas arquitetónicas e a magnificência da natureza que o rodeiam, porque por ali andam criaturas que enganam com a cara amorosa que patenteiam. É verdade. A cidade está tomada por macacos cleptomaníacos, que assaltam para assegurar o seu ganha-pão. Em busca por bananas, são capazes de fazer o telemóvel desaparecer, por isso, todo o cuidado é pouco. Voltando ao que importa, Siem Reap ocupar-lhe-á, no mínimo, três dias de visita, graças à sua herança histórica e cultural que abunda.
Praias de areia branca e águas cristalinas