A história desta empresa familiar é longa, cheia de travessias e repleta de resiliência…
Sem dúvida, uma história bastante rica, a criar lugares onde novas histórias começam. A história da FERCOPOR inicia-se com Alberto Ferreira da Costa, vila-condense que rumou ao Brasil, onde se tornou bem-sucedido na área da construção e promoção imobiliária, criando a Rio Ave. Mais tarde, em Portugal, a família Ferreira da Costa criou a FERCOPOR, que deu os primeiros passos na construção no início dos anos 80. A família Ferreira da Costa integra, ainda hoje, a administração da FERCOPOR, numa união clara entre os dois lados do Atlântico. As origens desta família justificam a dedicação da FERCOPOR a Vila do Conde, onde temos vários projetos (Conceito VC 55, Conceito VC Parque, Conceito VC Jardim e Casa Verde).
Apesar disso – e curiosamente – o início da nossa história esteve também na Boavista, no Porto, onde construímos o primeiro edifício em 1986. Digo ‘curiosamente’, porque acabámos por regressar à Boavista, décadas mais tarde, e fazer dela uma aposta estratégica da empresa. Nos últimos anos, temos lançado vários empreendimentos que pretendem contribuir para recuperar a nobreza desta zona da cidade do Porto. Depois do projeto Soul (Bessa Leite), Enlight (Avenida da Boavista) e Pure (Rua Ciríaco Cardoso), estamos a preparar um lançamento que será o mais ambicioso projeto que já fizemos e (uma vez mais, curiosamente) fica frente a frente com o edifício que construímos em 1986. É simbólico, mas mostra o percurso que fizemos e a evolução que alcançámos ao longo de mais de 40 anos.
No portefólio há projetos concluídos que se tornaram marcos nos locais onde se inserem (verdadeiros sucessos de vendas) e outros (em construção) que se acredita que irão seguir o mesmo caminho. Pode falar-nos sobre eles?
Na verdade, todos os nossos projetos – estando construídos ou em construção – tornaram-se verdadeiros sucessos de venda, sendo totalmente comercializados quando estão ainda em planta. É um privilégio poder dizê-lo, mas, de facto, temos tido uma ótima recetividade por parte do mercado.
Em Vila do Conde, a trilogia «Conceito» (VC 55, VC Parque e VC Jardim) está totalmente comercializada e apenas o Conceito VC Jardim está em construção. Em comum, os três projetos têm a ambição de trazer a modernidade da arquitetura para o centro da cidade, sem esquecer a ligação à natureza que Vila do Conde proporciona, nomeadamente através da proximidade do mar. Ainda em Vila do Conde, temos em construção a Casa Verde, um projeto particularmente significativo, porque parte de um edifício emblemático da cidade. Mantivemos o nome pelo qual era conhecido e estamos a recuperar a Casa Verde original, mas acrescentámos ao empreendimento três novos e modernos edifícios.
Já na Boavista, temos a aposta mais recente da FERCOPOR, traduzida também numa primeira trilogia de projetos: Soul, Enlight e Pure. Todos estão, atualmente, em construção, partilhando aquele que consideramos ser o equilíbrio desejável de criar, nesta zona da cidade, uma vivência que é, por um lado, cosmopolita (próxima de todos os serviços e principais acessos), mas também reservada, com grandes áreas e boas aberturas ao exterior, pensadas para se viver tranquilamente e em família.
O próximo passo, ainda em relação à Boavista, será, como dizia, o projeto mais ambicioso que desenvolvemos até agora. Localizado no cruzamento entre a Avenida da Boavista e a Rua António Cardoso, o projeto é assinado pela Ventura Partners e terá cerca de 70 apartamentos – uma dimensão muito superior à dos restantes. A imagem do projeto será também muito marcante, pelo que acreditamos que estamos a criar um edifício icónico nesta avenida.
Ainda sobre o Pure, o que pode o novo empreendimento de luxo no Porto, que contou com um investimento de 18 milhões, trazer de novo à cidade?
Em termos concretos, o Pure é composto por três edifícios de três pisos, interligados por arruamentos ajardinados. Porém, o Pure vai muito além desse lado concreto de um empreendimento imobiliário. Aliás, o projeto recebeu este nome, precisamente, pela dimensão inspiradora que transporta e que advém da arte – uma dimensão que, acreditamos, é o fator diferenciador. Na fachada, é claramente percecionada a influência das famosas pinturas de Piet Mondrian, com formas simples, puras, muito alicerçadas na simetria e exatidão das linhas. A elas, o arquiteto José Carlos Cruz acrescentou o lado humanizado da arquitetura: uma relação próxima com a envolvente da cidade e da natureza, muito marcada pela privacidade de cada fração.
«Em breve, estaremos a lançar o primeiro de dois projetos no Algarve»