Paulo Abrantes

Terminar o ano com um golpe de mestre é característico de Paulo Abrantes, que encerra 2023 com já 530 lojas por parte do GRUPO DS. Ser gigante esteve sempre nos seus planos, assim como contribuir diariamente para a melhoria das condições de vida das pessoas. E assim tem vindo a concretizar, a partir de oito marcas que se especializam em diferentes vertentes e prestam serviços personalizados. Para além do que contribui para o mercado, o empresário orienta a sua liderança para uma vertente social, possibilitando que diferentes causas e associações sejam apoiadas pela sua organização. «Criar ambientes de trabalho positivos» e «oferecer oportunidades de crescimento» parecem-lhe fatores imprescindíveis ao quotidiano de uma empresa feliz, conselho a ter em conta, já que vem de um homem que lidera um império que não tarda a rumar além-fronteiras. 

Mais de 530 lojas, 4.500 colaboradores e 500.000 clientes espalhados pelo país e ilhas. Alguma vez pensou chegar até aqui?
O GRUPO DS já tem 20 anos de existência e os objetivos que tem alcançado, ano após ano, são fruto de metas traçadas. Quando tudo começou, em 2003, o objetivo eram as 100 lojas a nível nacional. Depois, essa ambição cresceu para 300 lojas e, mais tarde, para 500. Nos próximos dois anos, temos a ambição e o objetivo de alcançarmos 800 lojas e 12.000 colaboradores nas várias marcas do GRUPO DS: DECISÕES E SOLUÇÕES, DS SEGUROS, DS INTERMEDIÁRIOS DE CRÉDITO, DS PRIVATE, DS INVESTIMENTO, DS IMOBILIÁRIA, DS AUTO e DS TRAVEL. 

Num mercado tão competitivo, como é que se fidelizam clientes?
Na nossa empresa, a fidelização tem sido conseguida através de um serviço personalizado, que abrange várias áreas e vai ao encontro das reais necessidades e objetivos de cada cliente e respetiva família, tanto ao nível da compra da casa e do carro que necessitam, como da realização dos seus créditos, seguros e viagens.  

Com a economia global vulnerável, como descreveria o ano 2023 em termos de resultados para o GRUPO DECISÕES E SOLUÇÕES?
O GRUPO DS teve os melhores resultados de sempre em 2023, alcançando um volume de negócios superior a 2.000 milhões de euros. O grupo termina o ano com 530 lojas, perto de 5.000 colaboradores e, no espaço de 12 meses, com a concretização de negócios junto de mais de 100.000 clientes. 

«Volume de negócios superior a 2.000 milhões de euros»

A finalizar a expansão em território nacional, a rede DS prepara a sua entrada nos PALOP. Quer revelar-nos os planos futuros?
Para já, o nosso objetivo é continuarmos a crescer em Portugal, nas diferentes marcas e áreas do GRUPO DS. A partir daqui, pensamos em iniciar o processo de internacionalização, seja para os PALOP, Europa ou outros países a nível mundial. Atuamos em áreas de grande importância para a população e, como tal, o serviço que prestamos em Portugal poderá também ser prestado noutros países, com as devidas adaptações.  

Quem está a investir no segmento do luxo, em Portugal?
O setor do luxo em Portugal tem atraído alguns investidores nacionais, mas, sobretudo, investidores estrangeiros. Existe uma grande aposta por parte de investidores americanos no nosso país, seja para usufruírem de uma reforma tranquila, seja para uma mudança de vida num país que prima pela segurança, boa comida e bom clima.  

Qual é o papel dos líderes portugueses na atração e retenção de talento?
Os líderes portugueses desempenham um papel crucial na retenção de talento nas empresas, e não me refiro apenas aos vencimentos. É essencial criar ambientes de trabalho positivos, oferecer oportunidades de crescimento e desenvolvimento pessoal, reconhecendo e recompensando o talento dos colaboradores que mais se destacam. Investir em programas de formação contínua e promover uma cultura inclusiva são algumas das iniciativas do GRUPO DECISÕES E SOLUÇÕES na retenção de talentos, mas não só. Tivemos sempre a preocupação de, mensalmente e anualmente, reconhecermos o mérito de todos aqueles que se destacaram, através da atribuição de prémios, incentivos, viagens, etc. Além disso, queremos manter uma relação de enorme proximidade e um espírito de grande entreajuda com todos, havendo sempre a preocupação de ajudar e apoiar quem tem menos experiência. Muitos dos coordenadores nacionais do GRUPO DS começaram por ser consultores; mais tarde, passaram a diretores de loja; depois, para coordenadores regionais e, por fim, atingiram o cargo de coordenadores nacionais. Também há quem tenha começado por dirigir uma loja e, hoje, seja responsável por 10, 15 ou 20 lojas do grupo.  

Que conselho daria a si próprio, em 2023, quando lançou o GRUPO DS?
O conselho que daria a mim mesmo, em 2003, estaria relacionado com o facto de o sonho comandar a vida, pelo que, através de trabalho e determinação, todos os objetivos se tornam possíveis. Nessa altura, tinha uma grande vontade de ser útil e ajudar os outros a terem uma vida um pouco melhor, tanto clientes, como colaboradores. Hoje, 20 anos depois, nada mudou, até porque os objetivos são iguais e o conselho é o mesmo.