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· CEO da GRAVETUR · · T. Joana Rebelo · F. Direitos Reservados

Reinaldo Teixeira

«É essencial saber agir na hora certa»

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Tem uma adoração por Portugal, mas uma paixão maior pela terra que o viu nascer: o Algarve. Conhecido como o CEO da Garvetur, a empresa âncora da Enolagest, uma das empresas mais importantes no ramo turístico e imobiliário do país, Reinaldo tem uma bagagem de 40 anos de atividade profissional. Entre eles, aglomeram-se múltiplos cargos e experiências, que o tornaram um dos maiores players no atual mercado imobiliário algarvio. Massa crítica é coisa que não lhe falta, tanto para os negócios, como para o desporto. Pertencente à Associação de Futebol do Algarve, vê-se jogar por duas ligas: a do Algarve e a da Garvetur (Enolagest). Este é o mundo empresarial de Reinaldo Teixeira. 

Enquanto CEO da Garvetur, quais foram as decisões mais difíceis que teve de tomar, desde o início da sua função?
A história da Garvetur está indissociavelmente ligada ao desenvolvimento da indústria do turismo em Portugal e, em especial, no Algarve. Como tal, as decisões mais difíceis de concretizar foram as que se impuseram para acompanhar as profundas alterações registadas no nosso país e no mundo, em termos sociais e económicos. Note-se que as decisões difíceis não devem ser encaradas negativamente, mas sim como janelas de oportunidade, às quais os empresários precisam de dar resposta. Por exemplo, é essencial saber agir na hora certa. Prova disso foi a decisão estratégica que tomei em desenvolver a marca Garvetur Luxury, em 2021, num momento desafiador pelo qual o Algarve, o país e o mundo ainda se encontram a passar. Para ser bem sucedido, foi necessário antecipar a tendência da procura por parte dos mercados emergentes.  

Fale-nos da aposta na diversificação de atividades e mercados, por parte do grupo.
A Enolagest S.A., ao criar sinergias entre as 41 empresas participantes, engloba a prestação de consultoria e serviços a todo o parque imobiliário de investimento, mediação, compra, venda, construção, reabilitação, manutenção, reparação, decoração de interiores e espaço exterior, assim como a gestão de imóveis e a área de seguros e o aluguer e venda de viaturas. O grupo diversificou, ainda, as suas atividades para as áreas de educação, formação e gestão de recursos humanos.
Ao longo do tempo, apostamos numa rede de escritórios próprios com cobertura nacional em Lisboa, Fundão, Porto, Norte e na maioria das cidades algarvias, acentuando uma lógica de proximidade. Criamos, ainda, uma rede de parceriasque, atualmente, nos garante uma presença efetiva em toda a Europa, Estados Unidos da América, Brasil, África do Sul e China (Macau). Orgulha-nos reconhecer que, ano após ano, aumenta o número de clientes nas diferentes áreas e segmentos, particularmente no mercado premium, assim como constatar que muitos dos nossos primeiros clientes continuam connosco. 

«Muitos dos nossos primeiros clientes continuam connosco»  
Inovação, tecnologia e formação. Este é o trio essencial para a sobrevivência e desenvolvimento de uma empresa?
Estou de acordo com essa formulação, mas se pretendermos a longevidade das empresas e que estas contribuam de forma eficaz para o desenvolvimento da economia, acrescentaria mais alguns requisitos. Entre eles, uma boa comunicação, a redução de custos e a criteriosa gestão de projetos. Um fator essencial é a capacidade de aprender com os próprios erros, sem que tal diminua a autoconfiança necessária para incentivar as equipas. 

Quais são os maiores desafios para um empresário português?
Serão diferentes, consoante a função e o setor de atividade. Há, contudo, um repto comum: atuar num mercado global. Refiro-me, com isto, a não estar só presente, mas também potenciar os fatores de competitividade. Usando uma analogia marítima, tão querida no Algarve, será preciso navegar à bolina em águas agitadas ou, por outras palavras, ser criativo na definição de estratégias de gestão eficiente, para dar resposta à conjuntura de cada momento, designadamente, ao aumento dos custos de financiamento, à eventual redução da procura associada à instabilidade dos preços e ao aumento dos riscos a nível mundial, já sentidos este ano e previstos para os próximos anos.
Relativamente ao setor do imobiliário e do turismo de férias e residencial, é possível superar os desafios, mas para tal exige-se resiliência, agilidade e estratégia. Num mercado global, conduzir as empresas à competitividade implica a otimização de estratégias, maiores competências de gestão financeira e o alargamento da rede de parcerias que permitam ganhos de escala. Por outro lado, a inovação é uma das premissas basilares para crescer, num cenário sem fronteiras e cada vez mais competitivo.
As empresas do grupo Garvetur (Enolagest) desafiam-se a progredir diariamente, porém não se pode ignorar, neste setor de atividade, a importância de uma política fiscal estável, que cative investimento. Só assim se consegue atrair receita.
Refira-se que, num contexto de crise na habitação, o grupo defende a necessidade de desenvolver respostas, aliás, acha que deve existir um acompanhamento e planeamento permanente das necessidades, de forma a não acontecer o défice que agora se verifica e que está a ser penoso para as famílias e para as empresas, dificultando a mobilidade de quadros e a aposta na inovação e retenção do talento.  

Que perspetivas tem para 2024?
Sem perder de vista que o foco das nossas empresas é a personalização de serviços a cada cliente, teremos de continuar a reforçar o investimento na transformação digital e na incorporação dos princípios de sustentabilidade nos modelos de negócio, visando o aumento da competitividade a nível nacional e internacional.
Disso é cabal demonstração os ativos que temos em comercialização, com propriedades na Costa Verde (Oeste), Douro e Minho, mas também no Brasil, além das cidades de Lisboa e Porto, que complementam toda a oferta no Algarve.
O setor imobiliário, sobretudo quando vocacionado para o turismo, é um mercado comparativo, em que os clientes avaliam a sociedade onde vão concretizar investimentos. Em Portugal, por exemplo, os atrativos seguros são o clima ameno, a simpatia das populações e a segurança. Surgem agora outras preferências, como a facilidade nas acessibilidades e os cuidados ambientais, seja na envolvente, ou nas construções. Já no setor do luxo, acrescente-se a calma e a privacidade. Portugal, nomeadamente, o Algarve, enquanto marca reconhecida internacionalmente, pode constituir-se como uma plataforma giratória de investimento de mercados emergentes no turismo europeu. Ser competitivo e atingir elevados padrões de performance é o objetivo em 2024.
Joana Rebelo
T. Joana Rebelo
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