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· Quinta · · T. Joana Rebelo · F. André Rolo

Vinte – Quinta da Boavista

A promessa de um luxo descontraído

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Vinte – Quinta da Boavista é um refúgio ecológico, localizado na vila mais antiga de Portugal. De frente para a Serra d’Arga, poucos diriam que por detrás se esconde Caminha. Entre os encantos da natureza tem feito vida, e assim se pretende expandir. Vamos conhecer.
Por circunstâncias da vida, Ella e Sergey Smotrov, proprietários da Vinte – Quinta da Boavista, decidiram que seria tempo de mudanças. Saíram do seu país natal, Rússia, e viajaram pela Europa. Acabaram por conhecer Portugal, nomeadamente, Ponte de Lima, durante uma viagem de peregrinação com destino a Santiago. Consta que foi amor à primeira vista e, a partir daí, souberam que tinham de deixar a sua marca na carismática vila. Encontraram uma propriedade desabitada há dez anos e dela aproveitaram dois edifícios para remodelação. Deram-lhe o nome de Vinte – Quinta da Boavista, termo justificado pelo dia em que decidiram mudar as suas vidas, 20 de dezembro, e que, coincidentemente, representa o número da porta do estabelecimento rural. Hoje, a herdade encontra-se em crescimento, ao ritmo das estações do ano, e é para lá que nos dirigimos.À medida que nos aproximamos, os montes começam a revelar-se, forrados de floresta, e a beleza encontra-se por entre as árvores de folha persistente. Rapidamente, finda o devaneio, quando a visão nos direciona para a placa que insistimos em soletrar «Vinte – Quinta da Boavista». À entrada está Maria Lopes, Gestora de Receção, que nos recebe de sorriso sincero. Sabemos que chegamos ao retiro da tranquilidade quando se torna impercetível a cidade em torno da herdade. Até aos aposentes, somos envolvidos por uma aura leve, que acompanha a paisagem verdejante de uma tarde de novembro. Seguindo a calçada que guia o caminho até aos quartos, avistam-se duas casas totalmente renovadas, unidas por um pátio comum. Uma, Casa do Caseiro e, outra, denominada Casa de Família. É-nos destinada a última, composta por três quartos, sendo que um é com cama de casal e closet incorporado. Envolve uma cozinha e com equipamentos que permitem refeições diárias e, para complementar a oferta, zonas de convívio e duas casas de banho. Para intensificar a experiência, descalçamo-nos. O chão está aquecido e a temperatura ambiente gera um nostálgico conforto emocional. Em cima da mesa, agraciam-nos com fruta da época (recolhida da herdade) e o vinho da casa, denominado Vinte. Nos quartos, as televisões estão longe dos olhares, bastando-nos a coluna de som incorporada e uma cama cujas almofadas e colchão garantem sonos reparadores. 

Onde o tempo corre devagar
Aqui, o conceito é o de saborear o tempo, longe do frenesim citadino. Então, deitamo-nos numa cama de rede, no pátio da casa, enquanto nos permitimos ouvir os sons místicos da natureza e degustar o vinho Vinte. Brindamos à vida e à liberdade de nos sentirmos livres, à medida que a noite vai tomando lugar. 
Um novo dia começa na Vinte – Quinta da Boavista. A chuva cai, mas não nos demove de aventuras ao longo de 13 hectares. A esta hora, uma mesa familiar recheada de produtos caseiros e de origem biológica espera-nos na Casa Principal, onde é servida a primeira refeição do dia. A temperatura convida-nos a entrar, assim como os cheiros e sabores. Tal cenário, por momentos, despoleta a nostalgia de infância, altura em que as manhãs frias começavam com o pequeno-almoço feito pela avó, quente e reconfortante. Quando o tempo o permite, decidimos dar uma caminhada com a companhia do proprietário Sergey Smotrov e, atrás, vem Nico, o cãozarrão que habita na propriedade. Conhecemos a receção, o bar e a garrafeira, que se diferenciam pelos detalhes requintados. Aqui, nada é por acaso, e Ella assegura-se disso. Basta ver pelas grandes árvores no exterior, que incorporam bancos sustentáveis à sua volta, sempre sob o mote de convívio. Pelo meio, conhecemos as pastagens, a horta com tudo o que a terra permite germinar e uma estufa, preenchida por ervas curiosas e luvas gastas. Existe também um espaço exclusivo às crianças, projetado com todos os requisitos e atividades para os entreter, sem prescindir da segurança necessária. Ao dispor, está também um campo de jogos, para correrem livremente. Para os adultos, a sauna é um plano ideal e, nos tempos quentes, aconselham-se mergulhos com cheiro a lavanda na piscina da quinta. Sem esquecer o jardim, composto por um lago e um anfiteatro que lembra o prazer do entretenimento. A vida é bella, nesta propriedade de estadias prolongadas. Falta conhecer a Casa da Geleia, o espaço onde a equipa armazena produtos da época e, ao lado, a lavandaria disponível para os hóspedes. A experiência torna-se mais autêntica quando passeios de bicicleta, ioga e outras atividades de lazer se juntam ao leque de atrações.
Finalizado mais um dia de descoberta, despedimo-nos da Vinte, mirando-a uma última vez, com a esperança de voltar.
Joana Rebelo
T. Joana Rebelo
F. André Rolo
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