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As águas termais em Portugal

Embeber o corpo em águas milagrosas

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Com o aproximar do verão, surge uma maior necessidade de cultivar o corpo e a mente. É tempo de guardar a agenda e apostar no que se revela prioritário: a saúde e bem-estar. 
Nesta edição, a V&G quis presenteá-lo com algo um tanto diferente. A proposta passa por percorrer algumas das mais conceituadas termas portuguesas, de norte a sul do país. 
Seriam os romanos a contribuir para a evolução da prática dos banhos, culminando no começo de uma cultura termal que, séculos depois, adotou o conceito de termalismo. Além da higiene corporal, este povo usufruía das águas termais para fins terapêuticos e de relaxamento. Essa herança mantém-se até aos dias que correm e a verdade é que o termalismo tem vindo a ganhar maior relevância. Talvez o ritmo frenético da vida tenha potenciado o interesse pelo bem-estar físico e mental, a par com a necessidade de fuga à rotina. 
Vidago Pallace
São as atividades terapêuticas das termas que atraem, todos os anos, milhares de portugueses até si. Sabe-se que as águas termais têm componentes curativas, pelo que os benefícios são incontornáveis. Capazes de nos repor o equilíbrio, a ciência explica que estas «águas milagrosas» nem sempre são iguais, pelo que podem não atuar nas mesmas patologias. Dependendo das temperaturas a que nasçam, as águas podem variar entre hipertermais a hipotermais, o que influencia, consequentemente, o fator terapêutico. A água quente em contacto com a pele manifesta-se na ativação do metabolismo, no alívio de inflamações articulares, no estímulo do sistema imunitário, na melhoria da circulação periférica e na diminuição da tonicidade muscular. Já com a água fria, estimula-se a vasoconstrição, aumenta-se a tensão arterial e reduz-se a inflamação e a dor. A composição química também é alterável e, além disso, a água pode agrupar-se em vários tipos: bicarbonatada, sulfatada, sódica, cálcica, magnésica, iodada, entre muitos outros. Embora seja comum tomá-las por iguais, cada terma é singular e garante experiências ímpares.
O itinerário começa no Museu das Termas de Chaves, estas que foram descobertas em 2006 e são hoje consideradas um tesouro milenar, devido ao património rico que preservam. Era naquele local que se curavam as maleitas do corpo e da alma, com a água a brotar a 76 ºC. Nas escavações foram encontrados objetos curiosos e vestígios preservados de forma pouco usual. Diríamos que é um bom ponto de partida, antes de se iniciar o tratamento revitalizante que as águas termais levam a cabo.  
Termas de Longroiva
As águas termais têm componentes curativas, pelo que os benefícios são incontornáveis

A próxima paragem será nas Termas do Gerês. O ar puro da serra e a natureza envolvente são o cartão de entrada. Já no recinto, os programas passam pela vertente terapêutica e cura termal tradicional, a par com programas de spa que ajudam a restabelecer o equilíbrio. As águas do Gerês estão indicadas para o tratamento de doenças como diabetes, obesidade, reumatismos crónicos e hipertensão arterial. Já os benefícios gerais passam pela alimentação saudável e o combate ao sedentarismo e à depressão.
Em Vila Pouca de Aguiar localiza-se o famoso Spa Termal de Pedras Salgadas. Destinado ao repouso e ao relaxamento, o espaço foi requalificado pelo arquiteto Siza Vieira, dando origem a um espaço carismático. Proveniente de quatro nascentes, a uma temperatura de 17 ºC, a água é prestigiada no seio da comunidade científica. Inclui programas terapêuticos que se estendem desde o Duche de Vichy a massagens de relaxamento e tratamentos de corpo e rosto. Os benefícios mais significativos, a longo prazo, passam pelo melhor funcionamento do aparelho digestivo e tratamento de doenças reumáticas e músculo-esqueléticas. 
Fazendo-nos ao caminho, Vidago é o destino seguinte. A água mineral do Vidago Palace Thermal é gasocarbónica, um tipo raro, e foi descoberta no século XIX. Delicada, ela é recolhida em terrenos de rocha granítica, sendo utilizada para tratamentos exclusivos. De temperatura a 15,3 ºC, é recomendada para o aparelho respiratório, a pele e o sistema nervoso.
Termas do Gerês
A Guarda marca a próxima estância termal: as Termas de Longroiva. Situadas na zona de transição entre o planalto ribeirão e o Alto Douro, as termas estão próximas de locais históricos como Trancoso e Vila Nova de Foz Côa. Com temperaturas de emergência nos 47 ºC, as suas águas são mineralizadas, ideais para o aparelho respiratório e as reumáticas e músculo-esqueléticas. Desfrute de programas especiais e de serviços revigorantes com as termas de Longroiva, desde o Programa Passeio pelo Douro aos diversos tipos de massagens.
Descendo até à ponta mais a sul de Portugal, chegamos a Monchique. Situada no coração da serra, a Villa Termal reúne hotel, edifícios históricos restaurados, piscina exterior de água termal e restaurantes, tudo a apenas 20 km da praia algarvia. Com a temperatura a 32,1 ºC, a água é mineralizada, com uma composição bicarbonatada sódica. As suas propriedades são reconhecidas ao nível das vias respiratórias – bronquite, asma, sinusite – e na vertente das artroses, tendinites, tensão muscular, deformações da coluna vertebral, entre outras. Do Aerobanho e Aplicação de Lamas ao Aerossol Sónico e Emanatório Coletivo, experimente um leque de opções incontáveis, que, certamente, farão a diferença na forma como vive e encara a vida.
A par destes territórios mágicos com vida própria, fica o desafio de seguir viagem neste passeio singular e, certamente, rejuvenescedor.  
Spa Termal de Pedras Salgadas
Spa Termal de Pedras Salgadas
Villa Termal Caldas de Monchique
Villa Termal Caldas de Monchique
Joana Rebelo
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